domingo, 10 de abril de 2016
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Eu quis mergulhar no teu peito raso e logo me vi naufragando em solidão. Não há profundidade em ti, não há mistério nenhum pra desvendar nessa tua cara de sono aparentemente apaixonante, ou nessa tua voz que me levou aos pés do universo, beijando estrelas. Teus romances são efêmeros, mas eu não sou, mon amour. Sua efemeridade podou minhas asas e me deixou presa ao pesadelo que é ser completamente rasa, vazia e oca. Agora, sinto-me condenada a ser perenemente triste. Fui tragada e cuspida pelo teu amor impiedoso. Tua alma é um maremoto e estou me afogando.
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