''Nunca vou beber de você, sei me controlar. Como um whisky ruim, sei que na manhã seguinte vai me deixar com dor de cabeça, arrependida, perdida e ao me olhar no espelho vou ser assasinada por aquela que eu mesmo desconheço,
tão cheia de pecados do porre passado,
vai me ferir lentamente com seu olhar, vai escarrar em mim suas desilusões e vomitar em meu intímo suas confusões.
Mas depois de tanta larmúrias, pergunto-me: o que seria da poesia sem tal de ressaca? Então jogo um pouco de água na cara, remendo minha maquiagem e saio novamente por aí, a procura de um whisky barato ou de um dose daquele que eu jurei nunca beber.”
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